13 fevereiro 2007

ESPERANÇA


Rogério Simões


Entrelaço os meus dedos nos teus

Vivas ilusões, ténues lembranças

Foram inatingíveis os versos meus

Outono breve, poucas esperanças


Ateámos o fogo nas estrelas dos céus

Mapeávamos nossos corpos de danças,

Encontros e desencontros, não são réus

Presos não estamos, procuro mudanças


Agora, adorno enigmas, bordados de cruz

Cintilam horizontes de esperança e luz

Meu fogo arde no mais puro cristal


E se na alquimia busco a perfeição

Respondo às interrogações do coração

Descubro no amor a pedra filosofal.


2006
Rogério Simoes é meu amigo e poeta maior... a poesia ESPERANÇA faz parte de um rico acervo que voce encontrará visitando o seu belíssimo blog POEMAS DE AMOR E DOR

Um comentário:

Anônimo disse...

Dalva, Conseguiu apanhar o meu pensamento.
Ontem quando visitei o seu blog estive quase para lhe pedir para editar um poema meu, à sua escolha, e assim aconteceu sem que o tivesse escrito.
Na verdade, minha doce amiga Professora Dalva, a doença apanha todos e a Dalva desde a primeira hora tomou a dianteira, aceitando a Parkinson como companheira, mas lutando e transmitindo a todos nós, que sofremos de Parkinson que ainda há esperança.
Esperança é um soneto que escrevi pensando nos ensinamentos que colhi em pessoas como a querida Dalva Molnar. Cabe-me agora pedir-lhe que mantenha a esperança, pois como eu vi no seu lindo blog, nas terras do gelo, as plantas estão de novo a sorrir e daí a poucos há flores lindas para ver.
O seu outro blog, o de Parkinson no Brasil, (o nosso blog) é uma referência e um permanente apoio a todos aqueles que sofrem de Parkinson, directa ou indirectamente. Só por isto brota a esperança em todos os corações dos portadores “desta terrível doença que não se pega mas não deixa pegar”
Quanto ao resto… eu sei que Dalva significa energia, mãe coragem, avó coragem que me contagia.
Vamos em frente, querida amiga, de mãos dadas na coragem!
Saudades
Rogério Martins Simões