22 maio 2007

AÇUCENA

Conhecida em quase todos os ecossistemas do planeta, a flor silvestre só começou a ser valorizada pelos brasileiros depois que foi para o exterior e para cá voltou como híbrida
Às primeiras chuvas, as requintadas flores da açucena rompem o espaço repentinamente, pontuando os campos e matas com o brilho de suas cores, quase sempre em tons de vermelho. Tanto as flores como as hastes que as carregam já estavam se desenvolvendo há tempos dentro do bulbo, tal qual um feto dentro do útero. Por isso, aparecem de surpresa. Depois que secam, o bulbo, uma espécie de cebola, continua vivo debaixo da terra, esperando a próxima estação das águas para lançar novas flores. E a planta se resume a uma folhagem. As açucenas, ou amarílis - como também são conhecidas -, dão o ar da graça nos mais variados ecossistemas brasileiros e de toda a América do Sul e Central em formas e cores diferentes. A botânica da Unicamp, Julie Dutilh, que pesquisa esse grupo de plantas há mais de 20 anos, encontrou exemplares em ambientes como caatinga, floresta amazônica, restingas e montanhas andinas. Existem as que vivem no solo em meio à floresta, sobre pedras em campos rupestres e as epífitas que, tais quais as orquídeas, vegetam sobre árvores. Formam um universo de cores e formas que atraem beija-flores, borboletas e mamangavas, que vêm sugar o néctar e buscar o pólen e acabam realizando a polinização. Há tempos, as flores da açucena também chamam a atenção de aficionados em todo o mundo.


2 comentários:

Anônimo disse...

Olá.
Muito bom ter notícias acompanhado do colorido das flores e de informações sobre açucena.
Abraços pra vocês
Mary

Teka disse...

Querida já amiga Dalva. Através de você sinto os perfumes da Casa Amarela e revejo um lugar amado. Bem haja